Convento da Terra is an exemplary project that is based on the vision of changing our living conditions into an ecological, climatic, economic and social system of renewal of coexistence. I see it as an attempt to create an exemplary place of transformation/change in order to give people the chance to live in peace and freedom tomorrow. It is an attempt to create a system, taking into account as many and complex connections as possible in the social structure in a microcosm like Torrão, that should serve as a role model for other places. It is an attempt, under the influence of the creative process of everyone involved, to create a place to bring people and nature into a sustainable balance. Artists are given an important role in ensuring that the creative process continues to engage.

No Torrão, vila histórica que até aqui tem tido escassa presença na agenda do turista interessado na História de Portugal, nasce um projeto que precisamente oferece – a outra escala, mais íntima, quotidiana – uma experiência da essência da paisagem e do edificado. Esta reforça a oferta em Portugal de sítios visitáveis e sobretudo experienciáveis enquanto memória viva do Lugar.

Na área da Arte da Luz, há toda uma comunidade que circula pelo mundo na busca de experiências in situ e de momentos de encontro entre pares. No Torrão, em Portugal, a rede de espaços numa vila pitoresca e escala humana oferecem algo não se encontra nas grandes bienais e nos festivais de Luz: momentos de reflexão, ponderação, estudo, colaboração, preciosos para esta comunidade que é global.

O Centro UNESCO Imagem, Som e Criatividade orgulha-se da parceria com o projecto Convento da Terra, com sede e desenvolvimento no Torrão, acreditando na força de produção, na partilha de conhecimentos e na harmonia das diferentes iniciativas culturais, que vão do património arquitectónico à formação, da sustentabilidade à multiplicidade de eventos, todos eles relacionados com muitos dos ODS da UNESCO em geral e do CUISC em particular.

Registamos com muito interesse as atividades do CONVENTO DA TERRA na Vila do Torrão, que temos acompanhado desde maio de 2023. Partilhamos com esta iniciativa uma visão da importância da arte em espaço público e da criação e promoção de espaços de encontro e de partilha de ideias entre criadores e os diversos intervenientes do meio artístico.

Partilhamos com esta iniciativa – explicitamente ancorada no conceito de urbanismo integrativo – o desejo de integrar a experiência da arte, da criatividade, da cocriação, em dinâmicas de valorização dos lugares, das paisagens, das comunidades. A arte contemporânea idealizada e programada sob a figura do cuidar funciona ao mesmo tempo como um estimulante desafio à atual comunidade de artistas e criadores que assim ganha novo palco de ação, num lugar e num território marcado pelo desinvestimento na Cultura.

O Projeto Cultural do Convento da Terra, porquanto potencial hub criativo de excelência, é uma mais-valia para a região e desafia-nos a acompanhar o olhar que almeja a evolução e desenvolvimento de uma vila pequena, numa perspetiva de vida ativa, com o que a vila vai oferecer a quem vem de fora e troca por mundividência enquadrada num ritmo de vida desacelerado.

A vantagem de termos sido expulsos do paraíso é que na terra todas as árvores são do conhecimento.

Que seja um sucesso, este projecto, com repercussão a nível nacional, para que a terra seja um convento genuíno de pessoas, cultura e paz.

Há obviamente toda uma dimensão alicerçada no valor imaterial da felicidade que motivará o querer viver em sobriedade e, perante a deriva consumista, sob princípios de simplicidade voluntária, mas essa disposição encontra-se alicerçada em algo que antigamente fazia parte da nossa vida colectiva, algo que nos foi e continua a ser usurpado: os bens comuns.

O campo é a distância que tem de ser atravessada. Aquilo que se vê de soslaio pela janela para manter a ficção de que existem cidades diferentes.

Se Évora já é uma cidade em que Arte, Arqueologia e Património material e imaterial são motores para uma sociedade mais participativa e socialmente responsável, apelativa para um amplo leque de públicos, a oferta de mais um polo de atração a Sul – no Torrão, uma urbe próxima vizinha – é motivo de regozijo. Nasce, assim, um novo circuito de interações culturais e de Turismo Cultural regulares, complementadas pela experiência do conhecer associada à do cuidar.

I still think often of my very enjoyable visit and would welcome any news about any events happening in Torrao. At first glance it may appear to be a seemingly quiet place to live in but it has its own dynamic which sets it apart from the more ‘regular’ town/village scenes. It somehow has the air that something is either about to happen, or could happen, and in talking to yourselves I believe it is happening and in that spirit it will motivate artists in a way that big artistic centres often cannot. Torrao is after all a big sculpture in itself.